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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

LITERATURA E CINEMA - I - THE MALTESE FALCON

THE MALTESE FALCON (O FALCÃO DE MALTA)


Dashiell Hammett e John Huston: fizeram obras-primas !
Acabei de reler e ver (em casa). São ambos muito bons, o livro (1930) e o filme (1941), embora seja sempre muito difícil passar para o cinema tudo o que está num grande romance e provavelmente a censura, em especial nos USA, a dos ditos bons costumes, deve te-lo proibido... 
Com Humphrey Bogart e Mary Astor.

FILME NEGRO
Malthese Falcon (The) – Relíquia Macabra, de John Huston (USA, 1941) ***** (5)

Uma pequena nota de 2005:

"Foi a estreia em grande estilo de John Huston atrás das câmaras. E mais de 60 anos passados permanece como uma obra que nos continua a fascinar, exemplo perfeito do denominado filme negro (film noir, como lhe chamaram). Com Humphrey Bogart (Sam Spade), Mary Astor (Brigid O’Shaughnessy) e Peter Lorre (Joel Cairo) nos principais papéis, na história trágica de um bando de aventureiros na busca vã de uma desaparecida estatueta, feita de ouro e diamantes.
Filmada praticamente em interiores, a obra deve muito ao argumento do grande romancista norte-americano Dashiel Hammett (1894-1961). E a talhe de foice refiram-se alguns dos principais nomes além de Dashiell Hammett, dessa vertente do romance norte-americano – a do romance negro, que se filia no social para desenvolver as suas por vezes complexas intrigas. Raymond Chandler (1888-1959), Horace Mccoy (1897-1955) e, mais recente,  Ross Macdonald (1915-1983). Gostamos muito de todos eles. Para o iniciado não será de mais lembrar “The Long Goodbye” (O Imenso Adeus), de Chandler, com o seu “herói”, o detective privado Philip Marlowe, ou “No Pockets in a Shroud” (O Pão da Mentira), de Horace McCoy, protagonizado pelo jornalista Mike Dolan, ou “The Sleeping Beauty” (A Bela Adormecida), de Ross Macdonald, cujo principal personagem é o detective privado Lew Archer, além do próprio “The Maltese Falcon”, de Hammett. E o cinema não os esqueceu, com várias adaptações de algumas das suas obras ou sobre eles próprios, como Wim Wenders e o seu magnífico “Hammett”.
Sobre o cineasta (John Huston) e o seu protagonista (Humphrey Bogart), duas figuras maiores da sétima arte, todos os cinéfilos lhes conhecem as carreiras ímpares. Convém lembrar, para os mais novos, que ainda o não tenham visto, que os dois se voltaram a cruzar pelo menos em mais meia dúzia de vezes, uma das quais num outro grande momento de cinema, o famoso “The African Queen” (A Rainha Africana), com Katherine Hepburn no papel da irmã do missionário que com Bogart, um aventureiro que se redime, irão atacar o navio alemão, na Guerra de 14-18. Filme de culto a que o tempo não consegue diminuir a aura. Muitos anos mais tarde Clint Eastwood haveria de relembrá-lo, num dos seus melhores filmes, em minha opinião, “White Hunter, Black Heart” (Caçador Branco, Coração Negro), uma inolvidável homenagem a Huston. *****

Egas Branco, visto na Cinemateca Portuguesa, em 9fev05 "

A seguir vai ser outra obra-prima do romance, The Big Sleep (À Beira do Abismo), de Raymond Chandler e adaptada por Howard Hawks. Primeiro leio e depois vejo. Depois vou passar a outros géneros.













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