Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

sexta-feira, 2 de junho de 2017

A IMPERATRIZ YANG KWEI-FEI, de KENJI MIZOGUCHI

A IMPERATRIZ YANG KWEI FEI (Yokihi) (1955), o primeiro filme a cores do grande mestre japonês e logo no dizer da crítica, "essas fantásticas cores que fazem desta obra um dos mais belos filmes a cores da história do cinema" (Bénard da Costa).

Do cineasta disse Jean-Luc Godard que era "o melhor dos realizadores japoneses. Ou, simplesmente, um dos melhores realizadores do mundo."

A obra é, uma vez mais em Mizoguchi, uma história de amor impossível, em que o elo mais fraco é sempre a mulher. Passada na China feudal do século VIII ou IX, entre lutas entre senhores da guerra, em que o povo serve sempre para carne para canhão, descreve as lutas pelo poder na corte imperial, com corrupção e intrigas. 
Mizoguchi, culto e admirador confesso da história do grande vizinho, adapta uma história chinesa, com a colaboração uma vez mais do seu grande argumentista, Yota Yoshikata, um homem culto e progressista. 

A assistência, numerosa para uma sessão deste tipo, num início de tarde de um dia de semana, assistiu impressionada, comoveu-se e saíu em silêncio, rendida à arte de Mizoguchi.

Kwei Fei é sacrificada aos interesses em luta, ou sacrifica-se para salvar o amante. Mas não é esquecida por ele. O Amor em tempos conturbados.




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