Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

SONHOS OU SORRISOS DE VERÃO

Em vésperas de ir ver mais uma encenação de O SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO, de William Shakespeare, lembrei-me desta obra-prima de Ingmar Bergman, que faz lembrar a obra shakespeariana. Quem não conhece que não perca, quer a peça, que o Intervalo Grupo de Teatro vai estrear, quer o filme, que pode ser alugado em qualquer boa videoteca. Mas, claro, o filme de preferência para ser visto num grande ecrã.

SORRISOS DE UMA NOITE DE VERÃO (SOMMARNATTENS LEENDE), de INGMAR BERGMAN

"No prosseguimento do CICLO INGMAR BERGMAN, em Lisboa no NIMAS, foi exibida mais uma obra-prima, absoluta, deste mestre da Sétima Arte.

Quando pensamos nos grandes mestres temos sempre, em minha opinião, que citar Ingmar Bergman entre os outros grandes, como Luchino Visconti, Serguei Eisenstein, Luis Buñuel, Jean Renoir, Federico Fellini, Stanley Kubrick, Akira Kurosawa, Kenji Mizoguchi, Satyajit Ray, Charles Chaplin, Orson Welles, e mais alguns. 
Pelo admirável conjunto das suas obras, quase que sem dissonâncias. 

O que não significa que não haja grandes filmes realizados por outros realizadores, muitos deles contemporâneos, alguns de língua portuguesa, de que gostamos aliás muito. 

Quanto a este SORRISOS DE UMA NOITE DE VERÃO , de 1957, é uma daquelas jóias inesquecíveis que tem como motivo a eterna luta dos sexos, fazendo pensar acima de tudo no teatro de Shakespeare, brilhantemente encenada por Bergman e interpretada pelos seus actores, entre os quais é justo destacar o belíssimo quarteto feminino (sem menosprezo pelos excelentes actores masculinos), constituído por Ulla Jacobson (Anne), Eva Dahlbech (Desiree), Margit Carlqvist (Charlotte) e a extraordinária Harriet Anderson (Petra), no papel da criada, que irá fechar o filme, num triunfo do amor e da vida sobre a morte (uma vez mais em Bergman!).

Tenho muita pena que a maioria dos amigos e amigas não possam ver este filme, porque é daqueles que nos faz gostar muito da arte das imagens. 

Não substitui, é óbvio, a vida, mas ao retratar, mesmo a sorrir, aspectos fundamentais dela, faz-nos pensar, também com um sorriso."

(nota publicada no facebook)

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