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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

BARRY LYNDON, de Stanley Kubrick




BARRY LYNDON, de Stanley Kubrick (1975)

Ler no "AbrilAbril" um belíssimo artigo sobre este filme, a que pouco poderei acrescentar. (ver link a baixo)

Só duas ou três coisas que gostaria em todo caso de referir a propósito desta obra que, a quando da estreia, a crítica mais conservadora desprezou. Agora já lhes falta a coragem para isso...

1-Os grandes actores, dos principais aos secundários, incluindo quem tenha vindo de filmes do famoso grupo de rebeldes contra o "establishment", os Angry Men, e o enorme prazer que nos dá assistir à sua representação. 


2-A admirável cena do derradeiro duelo, em que à grandeza do gesto de Barry, perdoando a vida ao adversário, responde o aristocrata com o ódio frio dessa gente, com o seu ódio de classe que infelizmente conhecemos tão bem. E o que tem sido quase sempre o papel da Igreja (ou das igrejas) na luta de classes, sempre do lado dos poderosos, movimentando-se na sombra e influenciando, não é esquecido...

3-No final Barry é banido de Inglaterra e, dizem-lhe, que "vá viver para o estrangeiro!". E o estrangeiro para eles é a Irlanda que depois, a ferro e fogo, tentaram evitar (e em parte conseguiram) que se pudesse libertar e se tornasse independente...

4-Finalmente, quando a bela, mas quase destruída, lady Lyndon assina o documento da pensão a Barry, concedida a troco do afastamento deste, a data no documento é 1789, ano em que, do outro lado do canal, se daria a Tomada da Bastilha e a Revolução Francesa avançaria com a burguesia, com o apoio popular, a derrotar a aristocracia, e a monarquia a ser derrotada. O que ainda não aconteceu na Inglaterra e países que domina (Escócia e Gales) mas aconteceu na República da Irlanda!



5-Tudo o que este grande mestre da Sétima Arte fez não é por acaso e este filme é nesse aspecto admirável, constituindo uma extraordinária Obra-Prima!

AMIGOS, SE PUDEREM, NÃO PERCAM!













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