Cultura!

Cultura!

OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 1 de novembro de 2015

SICÁRIO (INFILTRADO)

SICARIO (Infiltrado)

do canadiano Denis Villeneuve (3-Out-1967, Trois Rivières, Quebec, Canadá)
Um thriller intenso e violento, a merecer uma visão.

Na fronteira, separada pelo Muro (magnifica a cena em que é sobrevoado), entre o México e os EUA, as lutas dos gangs da droga e das polícias venais.
Numa sociedade em que a droga tem um enorme peso, quase tanto quanto a indústria das armas, e depois dos magníficos "Raptadas" e "Homem Duplicado" (adaptação do romance homónimo do nosso Nobel, José Saramago), outra obra muito interessante, até pelos problemas que põe, na linha de outras obras do realizador.

Nos principais papéis, com excelentes desempenhos, a londrina Emily Blunt (23--Fev-1983) (na imagem) e o porto-riquenho Benicio del Toro (19-Fev-1967). 

Benicio, grande actor, com especial destaque para os desempenhos em "CHE", de Steven Soderbergh (2008), "Trafic", também de Soderbergh (2000) e "Selvagens", de Oliver Stone (2012), entre muitos outros, que lhe valeram 39 prémios e 37 nomeações - "CHE", em Cannes e um Goya, Trafic, um Óscar. Realizou um pequeno filme para a obra colectiva "7 Dias em Havana" (2012), que é bastante interessante, aliás como o conjunto. 


"Sicario", por causa do tema, fez-em vir à memória uma obra-prima absoluta, no entanto um tanto ou quanto esquecida (será que hoje continua incómoda?), TOUCH OF EVIL (A Sede do Mal) (1958), de um mestre, Orson Welles, que também a interpretava, no papel de um polícia estado-unidense corrupto,  contra o qual luta o polícia honesto, mexicano, interpretado por Charlton Heston, que aqui deve ter tido o seu melhor desempenho no cinema, ele que era um medíocre actor e  no aspecto cívico tornar-se ia notado por ter sido o presidente da associação norte-americana dos possuidores de armas de fogo (NRA - National Riffle Association of America). Aliás Michael Moore, o grande documentarista, tenta entrevistá-lo no seu famoso "Bowling for Columbine" (2003), onde abordava a violência nos EUA, tendo como ponto de partida o primeiro dos mediáticos grandes massacres numa escola, perpetrado por dois jovens estudantes!...



Sem comentários:

Enviar um comentário