Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

sábado, 1 de novembro de 2014

Numa noite da SEMANA CULTURAL do Intervalo Grupo de Teatro

Foi mais uma noite magnifica de Cultura (e de afectos e emoções) a que se viveu ontem na 33ª Semana Cultural do Intervalo Grupo de Teatro.

A homenagem foi ao maior (na minha opinião e não só) dos nossos Fotógrafos, cuja dimensão é aliás universal, ao lado daqueles de que mais gosto - Doisneau, Ronis, Rodchenko, Cartier-Bresson, Salgado, Brandt, entre outros.

As intervenções sobre a vida e obra do homenageado estiveram a cargo do jornalista Fernando Dacosta e do também jornalista e escritor, Baptista-Bastos, referência maior das nossas letras e cidadania, e última vítima conhecida, há poucos dias, de uma censura que cresce assustadoramente, com pezinhos de veludo, nos jornais dominantes (despedimento do DN) e na sociedade em que vivemos.




Dele reafirmou Correia da Fonseca, o jornalista co-fundador do Intervalo Grupo de Teatro há 45 anos e que então se chamava 1º Acto, que Baptista-Bastos é o maior cronista português vivo. Concordo!

Ele e Gageiro são dois Homens que muito admiro, desde que conheci as respectivas obras, há muitos anos, ainda nos tempos de um passado, medíocre e tenebroso, contra o qual foram Resistentes.
Haveria muito a dizer sobre eles, o que obviamente não é compatível com o pequeno espaço de uma nota facebookiana. 
Sobre o homenageado principal, Eduardo Gageiro, Fotógrafo de Abril, que na madrugada início da libertação, avançou sem medo para as ruas, fotografando os alvores da Revolução que haveria de vir com o apoio popular. Depois foram as fotografias que mais ou menos todos conhecemos, entre as quais obras-primas que não nos cansamos de olhar.

A obra de Gageiro é um admirável retrato das gentes do seu país, por vezes as mais anónimas e sofredoras, mas nesse olhar há acima de tudo um universalismo admirável que o tornam tão grande. Impossível desfolhar os seus álbuns sem uma profunda emoção.

A terminar seria imperdoável não referir a parte musical da noite, em que participaram dois grandes nomes da Música Portuguesa da actualidade: um mestre da guitarra, Pedro Jóia e uma impressionante voz do fado, Ricardo Ribeiro. Foi magnífico!




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