Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

PEQUENAS NOTAS DE UM ESPECTADOR DE TEATRO (III)

PEQUENAS NOTAS DE UM ESPECTADOR DE TEATRO (III)

O 30º Festival de teatro de Almada está a chegar ao fim. Quase na altura de um balanço pessoal, do muito bom que mais uma vez este Festival nos trouxe e que, com as nossas limitações, conseguimos ver (ficaram de fora coisas muito boas, que não tivemos tempo para ver...). Das grandes emoções e das alegrias que nos deu. 

Mas agora quero ainda referir mais dois espectáculos vistos no seu âmbito. 

O belíssimo documentário da Catarina Neves, NÃO BASTA DIZER "NÃO", sobre o último trabalho de Joaquim Benite. A encenação de "TIMÃO DE ATENAS", de Shakespeare, que estreou no final/início 2012/2013, infelizmente já sem a sua presença. 
Encenação de que gostámos muito, sobre um tema que lhe era caro (e a nós também), sobre os malefícios do dinheiro e tudo o que daí decorre. 
Ainda bem que o chegou a pôr em cena. Foi um dos espectáculos que mais me agradou, dos que vi durante 2013 e até ao dia de hoje. 
Quanto ao documentário é de visão obrigatória para todos os que gostam de Teatro, porque mostra, sem artifícios, o trabalho de um Mestre. 

O segundo espectáculo é o trabalho de um grande encenador, Rogério de Carvalho, de que temos visto em Almada excepcionais obras, para uma peça de Strindberg, O PELICANO. Muito nórdica, em que álcool e fogo estão omnipresentes, drama familiar intenso, em que a perversidade se aproxima dos limites. 
Grande direcção de actores, entre os quais é necessário salientar o regresso de Teresa Gafeira aos grandes papéis, de novo no papel de uma mãe mas, mostrando uma vez mais a sua grande versatilidade, numa mãe que nada tem a ver com as grandes figuras femininas de Brecht e Gorki, que interpretou em dois dos mais brilhantes espectáculos da Companhia de Teatro de Almada. 
Para rever sem falha, ainda no decurso desta temporada (Setembro / Outubro, no TMJB).

Uma palavra final para o surpreendente e eficaz cenário com que os espectadores se deparam, quando chegados a uma bancada improvisada no palco, esta que nos parece lá ter estado sempre. Magnífico!

(publicado no facebook, em Jul-2013)



(as fotos são minhas, tiradas durante a homenagem a Joaquim Benite, realizada em 8 de Setembro de 2013, no decorrer da Festa do Avante!, na tenda do Avanteatro)

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