Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

DYADYA VANYA (O TIO VÂNIA)

"DYADYA VANYA" (O Tio Vânia) (1971), de Andrei Mikhalkov-Konchalovsky (URSS) (visto na Cinemateca Portuguesa)

É uma das grandes adaptações de Anton Tchekov ao Cinema, premiada no Festival de Cinema de San Sebastian, (Concha de Prata de 1972) e como Melhor Filme Estrangeiro, pela National Board Review, EUA (1972). A música é de Alfred Schnittke, famoso compositor soviético.

Para quem gosta muito (como eu) deste grande escritor e dramaturgo russo (29-Jan-1860 - 15-Jul-1904) este filme é um enorme prazer, apesar do tema, que tem muito a ver com as frustrações e desilusões das suas personagens, que levam uma vida infeliz e medíocre, numa sociedade decadente e profundamente desigual, a Rússia Czarista do final do século XIX, mas que, em certos aspectos, através do espírito de revolta de algumas personagens, Tchekov já pronunciava a Revolução que estava para chegar. Esta obra é sem dúvida uma das melhores adaptações ao cinema das peças de Tchekov, em linguagem realmente de cinema e nunca de teatro filmado e admiravelmente representada.


A propósito, nos últimos anos tenho visto algumas magníficas encenações de Tchekov no teatro, nomeadamente pelo Teatro dos Aloés (ou melhor, da defunta Malaposta), pela Companhia de Teatro de Almada, pela Cornucópia, pelos Artistas Unidos, etc, etc.

Duas notas de discordância em relação à respectiva folha da Cinemateca (local onde aliás revi esta bela obra): esta versão não é a preto e branco como lá diz (!!!) e citar a propósito Oscar Wilde (e logo em "A Importância de Ser Ernesto" (The Importance of Being Earnest) (1952), que Anthony Asquith aliás adaptou brilhantemente ao cinema) pode parecer mau gosto ou provocação que não ouso qualificar para não ser mal interpretado. Posso rir?

(publicado no facebook, em 17-Jun-2013)



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