Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

domingo, 12 de maio de 2013

TO THE WONDER, de TERRENCE MALICK


Uma Justificação prévia: como sou um bloguer de "trazer por casa" (posso rir?), não tenho nem tempo nem talento para grandes coisas. Assim vou partilhando, nos vários meios a que ainda me dão acesso, pequenas notas de gosto, dedicadas aos amigos. Espero que não me levem a mal...

A introdução no correio electrónico (e-mail): 
Retransmito para  as(os) interessad@s uma pequena nota que já publiquei ontem no Facebook, sobre uma das obras em exibição na minha cidade, que julgo valer uma visão (ou mais...). Acima de tudo para os que gostam muito de Cinema e possam despender tempo e dinheiro... No entanto, não pensem que sou crítico de alguma coisa. Sou apenas um modesto espectador apaixonado pelo que considero ter qualidade.
Abraços 
Egas

O texto original do Facebook, com uma ou outra gralha corrigida (se escapou alguma, peço desculpa):

“TO THE WONDER”, “À LA MERVEILLE” ou “A ESSÊNCIA DO AMOR”, de Terrence Malick 

Um poema escrito em linguagem do cinema. Outra belíssima obra, apenas a décima, deste grande cineasta norte-americano, nascido em Ottawa, Illinois, EUA, em 30-Nov-1943.


Julgo que o título português não é muito feliz. Compare-se com o original em inglês, ou com o francês. O que Malick nos vem dizer novamente, em minha opinião, é que é para a Natureza, às vezes muito bela mas sempre indiferente aos sofrimentos humanos, que podemos sempre olhar, sem ficar desiludidos. 


Quanto à desesperada procura do amor eterno, da felicidade, seja lá o que isso for, é uma tarefa humana por excelência, que muito poucos conseguem alcançar. 



Nesta obra, com imagens de marca do autor, belas como raramente as vemos nos ecrãs, quase que podíamos dispensar as palavras.
Lembrei-me de uma frase que li, dita por outro génio da Sétima arte, o cineasta italiano Bernardo Bertolucci, famoso autor de “Novecentos”, de “O Último Tango em Paris” ou de “The Dreamers” (Os Sonhadores): - “Um filme de Chaplin será interpretado de um modo muito semelhante por um italiano, um brasileiro e um japonês. O cinema é a única língua que todos podem compreender porque, como dizia Pasolini, o cinema é a língua da realidade.”

E no entanto poderíamos falar, a propósito deste filme-poema, muito sobre tudo isto – o amor, a paixão, a adoração (aos deuses), e com visões muito pessoais, porque Malick nos deixa campo para isso. Embora eu seja ateu, não me chocaram os aspectos mais ou menos místicos da obra, e não sei sequer se Malick é seguidor de alguma religião, porque não me parece que isso seja o essencial.
O filme fecha com outra imagem do Mont-Saint-Michel (a que apresentamos em baixo é do início do filme), uma das obras arquitectónicas com mais forte ligação à Natureza que a rodeia (pelo menos em minha opinião), e talvez por isso deixa-nos uma impressão imperecível. 
Recomendável para os que gostam muito de Cinema e não se impressionam com um estilo às vezes muito contemplativo.




1 comentário:

  1. EVB


    Meu Caro,

    Se pode rir, pode concerteza!

    Quanto à noção de felicidade:

    Aquela que, prolongada no tempo e tenha-se a arte de o fazer indefinida e amorosamente o mais possível, pela sensação de dever cumprido acompanha o indivíduo, tenha ele forças para isso, ao longo da sua vida.

    Abraço


    Jaime Latino Ferreira
    Estoril, 12 de Maio de 2013

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