Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

VERTIGO (A Mulher Que Viveu Duas Vezes), de Alfred Hitchcock


Será "VERTIGO" (1958) a mais perfeita das obras de Alfred Hitchcock? Talvez... 

Só queria anotar meia dúzia de tópicos para um eventual espectador, num filme em que algumas das principais obsessões do cineasta estão presentes. 
A mulher fatal (anjo e demónio), com Kim Novak mais bela que nunca. A transformação, física, da personagem. A cena de antologia, em que Kim surge como um fantasma, (de qual passado?) na ombreira da porta do quarto. E as cenas do campanário, tantas vezes citadas por outros. Não esquecendo a vulnerabilidade do protagonista (James Stewart), que se deixa seduzir e enganar por uma bela mulher.
Não será obviamente "o melhor filme do mundo", apenas o mais votado no final da última década (2001-2010), pelos críticos convidados da "Sight & Sound", alguns dos quais por mera inerência institucional (cinematecas), naquele que é, desde 1952, o mais famoso dos inquéritos sobre cinema, sendo publicada a cada década na revista do BFI. E vão 7. O próximo será para 2022, para quem lá chegar.
Sintoma de evolução do gosto ou apenas pequeno reflexo da ideologia dominante nos Media? 



http://thenighteditor.blogspot.pt/2012/08/vertigo-citizen-kane-and-greatest-movie.html

Só por curiosidade, em 2012, o topo da lista dos críticos e afins no inquérito do BFI foi

1º - Vertigo (Hitchcock) (1958, ING/EUA) - tinha sido 7º (82), 6º (92), 2º (2002)
2º - Citizen Kane (Welles) (1941, EUA) - tinha sido 1º de 1962 a 2002
3º - Tokyo Story (Ozu) (1952, JAP) - tinha sido 5º em 2002
4º - La Règle du Jeu (A Regra do Jogo) (Renoir) (1939, FRA) - tinha sido 2º em 72 e 82 e 3º em 2002.

Enquanto os autores escolheram por esta ordem: “Tokio Story” (Ozu), “2001, A Space Odissey” (Kubrick) (6º na lista dos críticos), “Citizen Kane” (Welles) e “8 ½” (Fellini) (10º na lista dos críticos). Para os críticos, Hitchcook é o mestre dos mestres, enquanto para os realizadores, é Fellini! Quem tem razão?

Mas quanto a “Vertigo”, não se iludam com a lentidão inicial... e não se esqueçam de reparar que o músico e compositor novaiorquino Bernard Herrmann, é um colaborador importantíssimo de Hitchcock que, relembre-se, nasceu em Londres, fez muitos filmes na GBR e só depois foi para os EUA.


(texto destinado ao Indeks / Cartaz de Cinema do Público, que não foi publicado...)

3 comentários:

  1. EVB


    Meu Caro Amigo,

    E pronto, aqui estou apenas para Lhe dizer que o seguirei com todo o respeito e consideração e tanto mais quanto de um bom cinéfilo o meu Amigo se trata.

    Ao meu eventual silêncio não o tome, contudo, por indiferença ou desconsideração.

    Kim Novak, na beleza que projeta e na admiração que suscita, eventualmente, a ter como reação o silêncio, ele também não será, de todo, um sinónimo de indiferença.

    Saudações muito Cordiais


    Jaime Latino Ferreira
    Estoril, 29 de Janeiro de 2013

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  2. Obrigado, Caro Amigo
    Sou um fraco bloguista e isto funciona mais como um bloco notas, para mim e para os amigos interessados. Gostaria de fazer melhor mas não tenho tempo.
    Um abraço

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  3. ... ora o tempo, a quem o diz!

    Outro Abraço

    JLF

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