Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

ASSALTO AO SANTA MARIA, de Francisco Manso

SANTA LIBERDADE - 

"Assalto ao Santa Maria", de Francisco Manso

Lamento não poder ir desta vez contra a crítica dominante, que muitas vezes denigre (ou ignora...) sem razão o cinema português, e defender, nem que seja minimamente, este filme de Francisco Manso.
Muitas vezes há obras que, embora formalmente, esteticamente, tenham interesse reduzido, no entanto pelo seu argumento nos interessam e às vezes muito. Infelizmente não é o caso deste filme, onde me parece que só o enquadramento inicial e final, que nada têm a ver com o filme, se podem considerar aceitáveis.

Fui aliás reler os dois capítulos, que Miguel Urbano Rodrigues, jornalista, dedicou à aventura de Galvão e dos seus companheiros, no primeiro volume da sua interessantíssima obra "O Tempo e o Espaço em que Vivi" (2002) (espero que o autor publique o 3º volume!), visto ele ter participado com relevo no acontecimento e conhecer os seus protagonistas. A verdade que o interesse do relato de Miguel Urbano Rodrigues, não tem correspondência no filme, que é afinal uma história romantizada, excessivamente simplificada (e parece-me que mal), laudatória da personalidade Galvão, que pouco terá a ver com a realidade. Até a realidade dos 24 participantes na tomada do Santa Maria e os quase 1000 tripulantes e passageiros que estavam no navio, são reduzidos anedoticamente.

Salva-se nesta "aventura" fílmica o desempenho de alguns magníficos actores, com especial relevo para Vítor Norte, no coronel fascista. De qualquer modo, se tiverem tempo e possibilidade, vejam e digam-me se concordam ou não comigo. E não deixam de ler o livro citado, se querem de facto perceber melhor o que passou nesta aventura que cobriu de ridículo o governo fascista de Salazar, em 1961, nas vésperas do início da Guerra Colonial.

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