Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

LA DANSE - LE BALLET DE L'ÓPERA DE PARIS (A Dança), de Frederick Wiseman

“LA DANSE – LE BALLET DE LÓPERA DE PARIS” (A DANÇA), de Frederick Wiseman, (EUA, **** (4)
De regresso a Lisboa fui surpreendido por uma assistência de mais de meia centena de pessoas (às 15.30!) na nova obra-prima documental do mestre Frederick Wiseman (Boston, 1930).
De Lorca (“A Casa de Bernarda de Alba”) a Pina Bausch (“Orfeu e Euridice”), de Tchaikovsky (“Quebra-Nozes”) a Berlioz (“Romeu e Julieta”), o “Sonho de Medeia”, de famoso coreógrafo francês Anglin Preljocaj, entre outras obras.
E que dizer da maravilhosa cena-símbolo, do apicultor sobre os telhados de Paris, imensa colmeia, tal como a Ópera o é também, embora o néctar produzido seja diferente... A não perder para quem se interessa por Cultura.
Fez-me pensar nas palavras de Pedro Paixão, o escritor, e agora também fotógrafo, ditas à jornalista Catarina Pires, numa interessantíssima entrevista publicada no DN, em finais de Julho deste ano.
“Fico como uma lebre encadeada pelos faróis de um carro. (..) O fascínio (do belo) paralisa.”
Mas para lá da beleza das obras apresentadas no filme de Wiseman, há também o ter mostrado como tudo aquilo só se consegue com um enorme esforço colectivo, que envolve desde os trabalhadores do teatro, executantes das tarefas mais simples, mas também decisivas, até aos artistas e à responsável artística pela companhia. Neste caso a ex-bailarina Brigitte Lefevre.
Em conclusão, outra obra admirável de Wiseman, a juntar à sua retrospectiva, já apresentada num dos últimos DOCLISBOA.
**** (4)

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