Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

RUÍNAS, de Manuel Mozos


“RUÍNAS”, de Manuel Mozos, (POR), ** (2)

São imagens, por vezes paradoxalmente belas, de um universo de decadência, decrepitude, abandono, ruína. Tem a ver com a sociedade portuguesa dos meados do século passado, em lugares que outrora foram de luxo, para a grande burguesia desses tempos, e até alguns bairros populares como a Cova do Vapor, na margem esquerda do Tejo.
Leva-nos a reflectir sobre o inevitável envelhecimento das cidades, das casas, das coisas, onde vivemos e de que nos servimos e que não deixamos de olhar com uma certa melancolia, e com que nos deparamos ao deambular pelos bairros históricos da nossa cidade.
Mas, acima de tudo, o que nos custa mais suportar é quando há falência de projectos sociais meritórios, que as novas condições económicas e sociais desactualizam, como certos bairros cooperativos.
O tema da obra tem muito de pessoal. As nossas ruínas, as interiores e as externas, às vezes não coincidem com de outras pessoas. A menos que haja um universalismo nelas, como em obras extraordinárias vistas recentemente – “Of Time and The City” (Terence Davies) e “LÁimée” (Arnaud Desplechin).
A ver ** (2)
Em complemento uma curta-metragem, "Canção de Amor e Saúde" de João Nicolau, que colaborou na fotografia de “Ruínas” e que começa com brilhante longo plano único que, só ele, justifica uma visão.

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