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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

terça-feira, 2 de março de 2010

SHUTTER ISLAND, Martin Scorsese

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ATENÇÃO! As minhas estrelas (de 1 a 5) representam apenas o meu nível de gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente.

“SHUTTER ISLAND”, de Martin Scorsese, (EUA), **** (4)

Com argumento de Dennis Lehane (165, Dorchester, Massachusetts), o celebrado autor de “Mystic River”, o romance de que Clint Eastwood fez, em minha opinião, a sua obra-prima.
Belíssima realização cinematográfica de Martin Scorsese, para um argumento em que a paranóia norte-americana está bem presente, com os seus pesadelos e complexos de culpa, entre eles os que resultam dos anos fascizantes da sociedade norte-americana no pós-guerra (maccarthismo). Por outro lado, sabe-se como é difícil traduzir o onírico em imagens. E também pouco consensual. Será por isso que críticos muito conservadores tentam “chumbar” a obra (vide E.Barros, “DN”)? Ou por causa da paranóia?
“Afinal, como podemos definir o real?”, pergunta João Lopes na conclusão da sua nota sobre o filme (DN, 24fev10). Se calhar, só consegue compreender bem a resposta quem já atravessou situações limite, em que a questão se põe (como o autor destas linhas).
Esta é também uma das obras em que é proibido contar a história. Quem for ver o filme compreenderá porquê.
Leonardo Di Caprio, volta a ser brilhante, confirmando-se como um dos melhores actores da actualidade.
E Scorsese está aqui quase ao nível do seu melhor. Nunca é de mais relembrar um dos mais belos thrillers deste grande cineasta, embora pouco mencionado nos Media, e de que nos lembrámos durante a projecção, que é o magnífico “Cape Fear” (O Cabo do Medo) (1992), aí com outro dos seus actores preferidos, Roberto De Niro. Filme que, em minha opinião, também se pode filiar, como “Shutter Island”, no Cinema Negro.
Di Caprio é acompanhado nesta obra por outros grandes actores, em especial Ben Kingsley, numa inquietante interpretação, como outras que fez, entre as quais lembro a inesquecível do filme de Roman Polanski, “Death and the Maiden” (A Donzela e a Morte) (1994), uma das obras-primas do cineasta polaco, em boa hora premiado no Festival de Berlim deste ano, com a sua última obra “The Ghost Writer”, cuja estreia em Lisboa aguardamos com expectativa.
A não perder.
**** (4)


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