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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

PREFERÊNCIAS DE 2009 - "TETRO", de Coppola


ATENÇÃO! As minhas estrelas (de 1 a 5) representam apenas o meu nível de gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente.

TETRO, de Francis Ford Coppola, (EUA), ****

Mais um brilhante exercício fílmico de Coppola, autor do argumento do melodrama e da sua realização. E mais uma vez em causa as relações pais-filhos, sendo os primeiros em geral prepotentes, ditadores, castradores, numa história que por vezes consegue surpreender. Tal como em “O Padrinho”, uma das obras-primas absolutas do cinema contemporâneo. Mas há também quem se lembre do famoso “Gata em Telhado de Zinco Quente”, onde Richard Brooks (um injustamente esquecido, nos dias de hoje!) adaptou magistralmente Tennessee Williams.
Uma escolha de actores (casting, à inglesa) perfeita, com especial destaque para Vincent Gallo no perturbado Tetro (abreviatura de Tetrocini, o nome do Pai) e as nossas vizinhas espanholas Maribel Verdú, em Miranda e Carmen Maura (em Alone), de quem tanto gostamos, não esquecendo o jovem Alden Ehrenreich (Bennie), que faz jus ao que sempre admirámos em Coppola, - a maneira como dirige jovens actores, conseguindo deles grandes interpretações. Mas isso faz parte do génio!
Só duas notas, mais. Por um lado os brilhantes flash-backs a cores, numa obra admiravelmente fotografada a preto e branco, por Mihai Malaimare (do melhor que temos visto nos últimos tempos). Por outro, a homenagem a grandes nomes do cinema (que também nos são muito caros) nomeadamente Michael Powell (outro dos génios do cinema) e a um dos seus mais extraordinários filmes, que aliás não me canso de citar, que é “Os Contos de Hoffmann” (de 1951) !!!
A obra termina em grande, com toda a sequência do funeral do Pai e os trágicos incidentes que se seguem, e a reconciliação final. Admirável.
Vou ter que alterar a minha lista de preferências de 2009, para incluir este filme. Seria imperdoável não o fazer!
**** (4)

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