Cultura!

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OBJECTIVOS

Estes textos são uma mera justificação de gosto, dirigida em primeiro lugar aos amigos, e não são crítica de cinema, muito menos de teatro ou arte em geral... Nos últimos tempos são maioritariamente meros comentários que fiz, publicados principalmente no facebook ou no correio electrónico, sempre a pensar em primeiro lugar nos amigos que eventualmente os leiam.
Gostaria muito de re-escrever os textos, aprofundando as opiniões, mas o tempo vai-me faltando...
As minhas estrelas (de 1 a 5), quando as houver, apenas representam o meu gosto em relação à obra em causa, e nunca uma apreciação global da sua qualidade, para a qual não me sinto com competência, além da subjectividade inerente. Gostaria de ver tudo o que vale a pena, mas também não tenho tempo...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

PREFERÊNCIAS DE 2009 - "Capitalismo, Uma História de Amor", de Michael Moore

DOCLISBOA

Encerrou brilhantemente, com mais um magnífico documentário de Michael Moore, o famoso documentalista norte-americano, “CAPITALISM, A LOVE STORY”, a sua última obra. (*****).
Crítica violenta ao capitalismo, em particular ao norte-americano, torna-se por isso obra a combater pela ideologia conservadora, nem que seja pela omissão.
A corrupção na vida estado-unidense, os seguros e as aberrações no sistema de saúde, com grandes empresas a segurarem-se a si próprias em caso de falecimento de trabalhadores!!! (E será que esta monstruosidade também já existe por cá?), a refinanciação (hipotecas) da própria casa, que levou milhares, durante a crise, à perda das suas casas, que tinham sido aquisições resultado de uma vida inteira de trabalho, os empréstimos aos estudantes, que os vão tornar seres dependentes das instituições financeiras ao longo de grande parte da sua vida futura. E estas e muitas outras, aberrações do capitalismo, que políticos portugueses, como Sócrates e os seus acólitos, vêm copiando, entre eles o Mariano Gago(!), e Moore denuncia sem papas na língua.
Os inimigos de Moore dizem que ele é "manipulador". Mas que documentalista o não é? Só se, se limitar a ligar a máquina e deixar a vida fluir diante dela, isto é, filmar sem ver nem pensar, mas mesmo assim a colocação da máquina…
Obviamente que a obra de Moore tem muito de panfletária, o que não é um defeito, em minha opinião. Aliás, não há nada mais "manipulador" que o “cartoon” e no entanto é aceite pela maioria. Por isso, em geral, os “cartoonistas” de esquerda são detestados pela direita.
Também a “Bíblia”, apesar de todos os seus defeitos e terríveis contradições, como muito bem chamou a atenção o nosso Nobel, é uma das obras chave da "manipulação ideológica".
E uma certa “esquerda chique”, que também não gosta de Moore, ataca-o por exemplo (comentários ouvidos à saída) por comparar desfavoravelmente o capitalismo norte-americano com o europeu ou asiático (Japão). Como se isso diminuísse o fortíssimo impacto da denúncia do que acontece nos EUA.


Nota à posteriori - Sobre “Capitalismo, Uma História de Amor), de Michael Moore, uma das minhas preferências de 2009 relativamente ao cinema documental, recomendo aos interessados a leitura da crítica seguinte, uma excelente análise do filme sob o ponto de vista da esquerda norte-americana.

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